O dia de ontem
Não sou pessoa de queixumes. Sou rodeada por algumas pessoas dentro do género e por vezes acho que vou explodir com tanto queixume (se têm carro é porque não andam a pé e não fazem exercício, se andam a pé é porque não têm carro e demoram mais tempo a fazer o seu dia-a-dia, etc e tal). Para quem não sabe, e acho que só eu soube, ontem tive um dia bem difícil. O patronato resolveu tirar o fim do dia para desancar em cima de mim. Como se eu fosse o seu problema, como se eu tivesse feito a asneira, como se tivesse a culpa de ele estar stressado. Tem o dom de me fazer sentir estúpida e pequena, e não vale a pena dizermos o que quer que seja, pois ele tem sempre razão. Quer dizer, ás vezes apetece-me "desafiá-lo" e berramos um pouco, mas acabo sempre por estender a toalha no chão. Ontem não foi um desses dias. Percebi tardiamente que ele estava mal disposto e que ia ser uma daquelas tardes. Aguentei serena, perante ele, mas consumida por dentro. A minha hérnia discal deu de si (é muito sensivél a tipa!!!), fumei mais que o devido e não tive paciência para os meus. Consegui restabelecer o meu equilibrio gozando comigo mesma "coitadinha da menina que não aguenta um pressão, estamos bem, estamos" e depois valeu-me o banho, os mimos da mãe e a minha cama companheira de muitos anos. Adormeci de novo a pensar que amanhã seria um dia melhor. E até é, um dia melhor. O patronato estava bem disposto e até me deu uma receita para usufruir dos benefícios da folha de oliveira através da infusão. Consegui ir buscar os exames médicos e tratar de burocracias da casa na minha hora de almoço. E de outros assuntos mais. Afinal não sou tão estupida e pequena. :)
2 Comments:
Bem, pequena, pequena...grande não és; mas da estupidez e pequenez a que te referes, não tens mesmo nada.
Obrigado Baunilha
é sempre bom ouvir outra opinião acerca do assunto, :)
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