Mentir é feio
Odeio a mentira. Não posso generalizar esta questão pois há mentiras e mentiras. Sei que toda a gente mente um pouco, para bem de fulano ou cicrano, para nosso bem também, por uma questão de preguiça física ou mental ou por tudo e por nada. A questão de hoje é a mentira nas crianças. O que os leva a mentir aos pais, irmãos, tios, amigos ou conhecidos. Como e porquê necessitam eles de distorcer a verdade, contornar aspectos que não têm contorno. Sei que se os adultos com quem a criança convive mentirem muito, esta criança poderá também vir a aprender a "distorcer" a verdade. E até onde pode alguém de fora intervir? E até onde podemos ir, numa educação que vemos não estar a resultar e em que só nos apetece sacudir a cabeça desses mesmos aldultos e obrigá-los a ver o que fazem aos seus filhos? Que sociedade é esta que por mais que veja não enxerga nada, nem mesmo no aconchego do seu lar?
1 Comments:
As crianças têm uma noção de tempo distorcida, e a mentira é uma fuga (ou adiamento) à penalização imediata, que para elas é uma ideia insuportável. Essa mesma falta de noção de tempo e raciocínio abstracto impede-as também de entender conceitos como os de Futuro ou outros tais, pouco concretos. Jamais deixarão de mentir, como jamais deixarão de pensar em tempo Presente; cabe ao educador o estímulo, através de objectivos atingíveis a curto prazo, doseados e, sobretudo, reais. Demasiada expectativa cria pressão, pressão esta que é contra-producente, já que capacidade de lidar com a frustração, nas crianças, é nula. Nada que um educador (seja quem for) interessado não possa fazer. Parece-me.
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